Falar Saúde n.º 7
Foco no estudo - Parte II

Prof.ª Isabel Cristina
11/10/2023

Tal como prometido, trago-vos mais alguns métodos de gestão de tempo, adequados a estudantes que procuram atingir o sucesso. Alguns são mais parecidos com o Método Pomodoro (ver “Foco no estudo - Parte I”), outros nem por isso, mas cada um apresenta as suas próprias variações e abordagens.

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“O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”
Albert Einstein

 


Técnica 52-17

Este método é semelhante ao Pomodoro, mas utiliza intervalos de trabalho mais longos, 52 minutos, seguidos de uma pausa de 17 minutos. Pode ser uma boa opção para alunos que preferem sessões de estudo mais prolongadas e que têm um bom nível de resistência à fadiga.

 

 

Técnica Ultradiana

Baseada no conceito do ritmo ultradiano, esta abordagem sugere que os seres humanos funcionam melhor em ciclos de trabalho de cerca de 90 minutos, seguidos por uma pausa de 20 a 30 minutos. Alguns acreditam que 90 minutos representam o máximo de concentração que a maioria das pessoas pode manter. O objetivo será, então, tirar proveito do ritmo natural do corpo humano conhecido como o "ritmo ultradiano", ou seja, um tipo de ritmo biológico cuja frequência é superior a um ciclo por dia como, por exemplo, o ritmo cardíaco. Tal como a anterior, esta técnica é uma boa opção para os alunos mais resistentes à fadiga.

 


Técnica “Time blocking”

Segundo este método, devemos agrupar tarefas relacionadas, executando-as em blocos de tempo dedicados. Por exemplo, podemos definir um bloco de 2 horas para responder a “e-mails” e, em seguida, um bloco de 1 hora para reuniões. A ideia é minimizar as transições entre tarefas. Esta técnica pode ser benéfica para alunos que têm várias matérias para estudar ou trabalhos para realizar em diferentes disciplinas, isto é, podem alocar blocos de tempo específicos para cada matéria, minimizando as transições e a multitarefa.

 


Técnica da Pirâmide

Este método começa com um curto período de trabalho (por exemplo, 10 minutos) e aumenta, gradualmente, o tempo de trabalho em incrementos (digamos, de 10 minutos adicionais) a cada ciclo. Depois de atingir um período máximo de trabalho, começamos a diminuir, gradualmente, os intervalos.

 


Técnica 2-“Minute Rule”

O grande objetivo desta técnica é, como o nome indica, realizar tarefas imediatas que podem ser concluídas em 2 minutos, ou menos, assim que elas aparecem na nossa lista de tarefas. Isto ajuda a evitar a acumulação de pequenas tarefas.

 


Técnica GTD (“Getting Things Done”)

Também conhecida como “a arte de fazer acontecer”, esta técnica não é um método de gestão de tempo no sentido tradicional, em vez disso a GTD é uma abordagem para a organização de tarefas e projetos. Baseia-se na crença de que, quanto mais informação temos em mente, menos produtivo e focado o nosso cérebro estará e pode ajudar os alunos a organizar as suas tarefas e projetos, permitindo que se concentrem no que é mais importante, num determinado momento.

As Cinco etapas que pretendem organizar o “caos”:

  1. Capture” - consiste em “tirar da cabeça” qualquer tipo de “coisas a fazer” e “descarregar” numa ferramenta de produtividade à escolha, como agenda, caderno, aplicação informática... A seguir, escrevemos, de forma bem especifica, todas as tarefas pendentes e que necessitam de ser realizadas;
  2. Clarify” - é o momento de dedicar atenção a analisar as tarefas que foram “descarregadas”, na etapa anterior, e em que decidimos quais dessas são para executar;
  3. Organize” - criamos as listas organizadas para que possamos aceder às mesmas, na hora certa e no lugar certo;
  4. Reflect” - analisamos as listas com frequência para determinar o que fazer seguir. O autor (o norte-americano David Allen) sugere uma revisão semanal do GTD, com vista à atualização das nossas listas, “esvaziando” a nossa mente;
  5. Engage” - executar com significado. É saber que estamos a realizar, naquele momento, a tarefa mais importante que deveríamos estar a fazer - em vez de estarmos preocupados ou distraídos com outro assunto. É a tranquilidade do controlo sobre o processo.

 

Correndo o risco de me repetir, espero que estas informações vos sejam úteis e saliento que este é apenas um ponto de partida para encontrar a abordagem que melhor funciona com cada um e, para tal, há que experimentar. Relembro que a escolha depende das preferências pessoais, do tipo de tarefa ou da resistência à concentração. Como também pode ser afetada por fatores externos, como o ambiente, é importante manter um estilo de vida saudável, com um tempo de sono adequado, uma nutrição equilibrada e uma boa gestão de “stress”, de forma a melhorar a capacidade de concentração.

 

 

Bom trabalho!
Prof.ª Isabel Cristina

 

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