“Holocausto” é o nome conferido ao maior genocídio do século XX. Este capítulo sombrio da história da Humanidade ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial e constituiu a perseguição sistemática e o extermínio de Judeus, bem como outros grupos considerados indesejáveis pelos nazis, incluindo ciganos, comunistas, homossexuais e deficientes físicos: pessoas dotadas de dignidade, com sonhos e ambições, que foram classificadas inimigas do Estado e, por isso, perderam as suas vidas nas mãos de um regime genocida.
Podemos perguntar-nos “de que serve recordar o Holocausto”? É simples. Recordar este período é crucial para honrar as vítimas, mas, sobretudo, para garantir que o genocídio não se repita. Recordar este facto significa honrar aqueles que foram segregados, perseguidos e assassinados e, assim, renovar o compromisso de construir uma sociedade mais justa e inclusiva, que garanta a integridade de todos os povos. Igualmente serve de alerta para a fragilidade dos Direitos Humanos e para a importância de proteger a diversidade, promovendo, assim, a aceitação e o respeito.
Neste sentido, manter viva a memória do Holocausto educa para a tolerância e para a Paz em prol de um mundo melhor. É uma parte da História que não pode ser esquecida, na medida em que concede lições essenciais sobre os perigos do fanatismo e da discriminação.
No entanto, em particular neste momento tão difícil da nossa História, é essencial destacar que a ideologia de base do Holocausto inspira, atualmente, muitos outros genocídios que estão a assolar o mundo. Na Ucrânia, a invasão, arquitetada por um ditador, derivou de meras questões geopolíticas com a Rússia, totalizando, até ao momento, quase 200 mil mortos. O conflito entre Israel e Palestina é uma questão de longa data que, em 7 outubro de 2023 com a incursão em território israelita, violação, rapto de sensivelmente 200 pessoas e assassínio de cerca de 1200 judeus por parte de terroristas do Hamas, se reacendeu com as disputas territoriais, provocando, até ao momento mais de 15900 palestinianos mortos. Mas é também importante não esquecer os povos e países que o mediatismo da informação deixou de relevar, tais como a Síria, o Afeganistão, o Iémen, o Sudão e tantos outros onde (sobre)vivem seres humanos a quem despiram a Humanidade.
Que estas dores sejam compartidas com o nosso olhar e desejo de incentivar todos, mas essencialmente os jovens, a defender os Direitos Humanos, a promover a Paz, a igualdade e a equidade e a proibir a propagação do ódio e da intolerância.
Alunos do 12.º AJD