Missa de Finalistas - CIC

CIC
20/06/2021

Chegaram ao fim de mais um ciclo os alunos do 12.º ano…. Abrem-se as portas para um novo caminho, uma nova aventura! É chegado o momento de partilhar os seus dons fora dos muros desta que foi, durante três anos, e continuará a ser, a sua CASA.

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E, para melhor se entender o que vivem os nossos alunos finalistas nestes dias, transcreve-se o texto elaborado/o testemunho dado pela Bruna Oliveira, aluna do 12.º PT, que deu o mote à nossa celebração da Missa de Finalistas, realizada no dia 16, pelas 18h30, no pavilhão gimnodesportivo.

 

«Volvidos três anos, reunimo-nos, hoje, aqui, nesta Casa, para um dos momentos mais importantes e especiais das nossas vidas – a despedida do Ensino Secundário.


De facto, esta foi uma caminhada repleta de emoções! Muitos foram os momentos em que choramos, outros foram os que muito rimos… Contudo, neste momento de viragem, é fundamental que reconheçamos que tais desafios, provações e conquistas contribuíram, em grande parte, para o nosso crescimento. Somos, no dia de hoje, certamente, mulheres e homens diferentes daqueles que se inscreveram no Colégio Internato dos Carvalhos, para lá experienciarem a loucura do Ensino Secundário.


Passou tudo muito rápido, não acham?!..


Efetivamente, esta semana está a ser detentora de um caráter muito particular para todos nós, uma vez que se avizinha o momento ideal para a realização de um balanço, aquando inúmeras vivências irão invadir a nossa memória. Ao longo destes três anos, ou mais, cada um de nós, a título pessoal, congregou vitórias, mas, também, derrotas; sem esquecer a quantidade de sorrisos partilhados, nem mesmo as lágrimas que, porventura, havíamos dividido com aqueles que estavam ao nosso redor.


Tal como todos sabemos, a escola é a união entre os professores, os alunos e as suas famílias e, em pleno cenário pandémico, deve enaltecer-se todo o empenho e parceria existente entre todas as partes, na medida em que foi necessário reinventar rotinas, métodos e equipamentos, a fim de ser concretizada a progressão dos estudos da melhor forma possível. Foi, realmente, um percurso longo, mas alcançado com sucesso, tendo por base o trabalho uno.


A aprendizagem é um processo individual, mas que se torna mais interessante quando temos como nosso guia alguém que sabe como ensinar, como estimular, como ajudar… Vocês, docentes e não-docentes, têm sido, para nós, esse mesmo apoio fundamental, que observa as nossas dificuldades e nos auxilia a eliminá-las. A delicadeza com que demonstram tal preocupação, esforço e atenção, face a cada aluno, são louváveis. Neste sentido, a honra de termos sido alunos do Colégio Internato dos Carvalhos é transversal a cada um de nós, enquanto seres humanos integralmente singulares, e, com certeza, iremos deixar aqui, nesta Casa de pessoas e para pessoas, uma grande parte do nosso próprio ser. Sendo esta uma celebração de despedida, deve consagrar, também, os atos de celebração e agradecimento, pelo que não pode cair no nosso esquecimento a verbalização de um “Obrigada”!


Expressamos, portanto, a nossa imensa gratidão, relativamente à Direção Pedagógica deste, para sempre nosso, Colégio, que nos ofertou uma formação académica tão vasta, variada e inovadora; que procurou, com eficácia, responder a todas as nossas dúvidas, resolver quaisquer contrariedades e que, acima de tudo, tratou e cuidou de cada discente com verdadeiro respeito, empatia, amabilidade e humanidade.


Desta forma, peço, agora, que afastemos a atenção de nós, jovens finalistas, e que nos foquemos em quem nos fez chegar até aqui – sim, os professores. Para Aurélio Casillas, “Ser professor é transmitir conhecimento a alguém”. Hoje, se olharmos para trás, cerca de doze anos, veremos crianças sem saberem escrever o próprio nome, planeando mil coisas para o seu futuro… Os nossos pais confiaram em sábios homens e mulheres que transformariam aquelas pequenas crianças em imaculados potenciais, e a verdade é que, dia após dia, ano após ano, temos vindo a entregar a caixinha das nossas potencialidades a vários professores que, por sua vez, nos têm guiado e, por outro lado, têm-se tornado, mais do que docentes, verazes amigos!


Fomos crescendo e tornando-nos enormes, pois já sabíamos as letras e os números, já escrevíamos o nosso nome e calculávamos que cinco mais cinco eram dez. Os anos decorreram, e ficamos cada vez maiores! Já multiplicávamos e dividíamos; já liamos histórias; conhecíamos as principais capitais do mundo; descobrimos que o Planeta não tinha sido sempre como, atualmente, o conhecemos e éramos os mestres em História. Hoje, estamos aqui, a terminar o 12.º ano e a perceber que, afinal, éramos muito pequenos; continuamos, aliás, insignificantes. Somos livros com algumas páginas redigidas, mas ainda existem incontáveis capítulos por escrever… Ao olharmos para os professores que nos circundam, constatamos o seu orgulho, bem como o seu sabor de missão cumprida.


Foram anos únicos, ao longo dos quais cada um de nós fez a sua parte, para que fosse uma viagem inesquecível, para que tudo estivesse certo.


Sejamos sinceros: quem de nós não terá vontade de vir ao Colégio pedir conselhos? Quem de nós não terá saudades de um belo “panike” ou iogurte com “Nutella”?


Percebemos, então, que ser professor é mais do que transmitir os conhecimentos que são e estão patentes nos manuais – é, pois, contribuir para o nosso espírito crítico, junto da sociedade, através de debates, apresentações e redações. Estes profissionais nunca nos viram como, somente, alunos – fomos amados e considerados, privilegiando a nossa condição singular e não descurando as nossas personalidades e limites. Por isso, temos a liberdade para proferir que o CIC é a nossa segunda casa, porque nos transformamos numa família, e que família!... Como se costuma dizer, a família educa e a escola ensina, e o Colégio teve um papel decisivo na nossa educação, na nossa formação humana, e não só académica, e tal conceção espelha-se nos valores que, aqui, adquirimos. Aos funcionários que estavam nos corredores, no refeitório, na portaria, nas atividades de limpeza, nos serviços administrativos, no pavilhão gimnodesportivo, na reprografia - o nosso agradecimento por nos terem ensinado, na primeira pessoa e na base do exemplo, a termos dignidade, a sermos humildes, simpáticos e sorridentes, mesmo nas segundas-feiras chuvosas ou nas sextas-feiras de calor tórrido. Cada funcionário do CIC foi como um professor que, em conjunto, fizeram desta Casa um lugar tão querido, tão amado e tão inolvidável.


Hoje, apesar de ser muito pouco, em nome de todos os alunos do 12.º ano, agradeço a cada um de vós pela paciência, pelo interesse, pelo carinho, pela força de vontade e, principalmente, por nos terem transformado em seres íntegros, cidadãos capazes de ocupar um lugar na comunidade e por terem colocado sempre em prática a linguagem da bondade e do amor. No entanto, agradecer por tudo o que foi feito por nós não chega; então, pelo menos, não deixaremos tudo isso em vão – levaremos um pedacinho de cada um de vós nos nossos corações e colocaremos em prática todas as lições que, aqui, nos foram dadas.


Que sejamos felizes, que consigamos concretizar os nossos sonhos, que as amizades perdurem, que os laços não se quebrem! Que Santo António Maria Claret nos frutifique com o dom do discernimento, para que sejamos capazes de seguir, firmes e fortes, o caminho da vida. Partimos já com a saudade cravada no peito e com uma enorme vontade de cá voltar, de cá ficar…


“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”; “Corremos o risco de chorar um pouco, quando nos deixamos cativar…” – Antoine de Saint-Exupéry


A todos, a nossa gratidão pelo muito que nos deram e nos fizeram ser!
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Pode rever a Missa aqui:

 

Pel’ O Conselho de Pastoral e de Gestão de Projetos - CIC

 

 

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