Ligados com o mundo com as histórias que realmente interessam - 12.º AJ e LR no Fórum da Maia

Alunos do 12.º AJ e LR
03/12/2019

São 140 fotografias, captadas por 43 fotógrafos (de um total de 78 801 fotografias, de mais de 4 mil fotógrafos, oriundos de 129 países) e premiadas na 62.ª edição do World Press Photo (WPP), que permitem comunicar sem ser necessário traduzir.

blueimp Gallery
Veja todas as imagens na GALERIA DE IMAGENS disponível no fim desta página.

 

São muitos os assuntos tratados em fotografia e, entre eles, encontra-se “Vivendo Entre o que Foi Deixado para Trás”, a fotografia do português Mário Cruz que recebeu o 3.º prémio na categoria ambiente. O fotojornalista da Agência Lusa captou o descanso de uma criança, num colchão cercado de lixo a flutuar no rio Pasig, em Manila, nas Filipinas, considerado "biologicamente morto" desde a década de 1990.


«A força das imagens fotográficas provém de serem elas realidades materiais por si mesmas, depósitos fartamente informativos deixados no rastro do que quer que as tenha emitido, meios poderosos de tomar o lugar da realidade – ao transformar a realidade numa sombra, as imagens são mais reais do que qualquer um poderia supor.»
Susan Sontag (2004)

 

Por se entender que a fotografia pode constituir um meio potencializador da ação pedagógica levando os alunos à reflexão da história contada, sobretudo quando se trata de fotojornalismo, delineou-se uma aula diferente, no passado dia 22, no espaço Fórum da Maia, para os alunos do 12.º AJ e LR.


Concordando com os especialistas que consideram as fotografias uma ferramenta de expressão e mensagem, que tem subjacente uma linguagem universal, porque extravasa fronteiras, políticas, economias e mesmo culturas, desafiaram-se os alunos a deixarem-se impressionar pela imagem partindo em busca da informação num trabalho de pesquisa científica livre, que virá a culminar numa apresentação que revele sensibilidade e responsabilidade social, cultural e ambiental, bem como pensamento crítico.
Eis alguns registos dos alunos:


«A fotografia emociona ao alertar que nem toda a gente é feliz. Nem toda a gente vai à escola. Nem toda a gente tem uma cama. Nem toda a gente tem um motivo para acordar amanhã…»;


«Esta faixa mais frágil do nosso mundo está à espera que alguém lute por ela, alguém que a salve do mundo enfadonho onde vivem. Salvem as crianças e depois o mundo!»;


«Não consigo imaginar estar numa situação destas, em que a pessoa mais querida para mim (irmão) esteja nos meus braços a chorar por ter a pele queimada dos químicos que se evaporavam no ar e a agarrar-me por não conseguir conter as dores»;


«Admito que escolher uma fotografia foi um processo complicado porque tudo me chamava a atenção, parecia que estava a viver o acontecimento da imagem, era algo muito real»;


Não estamos a olhar para um cenário futurista, mas, sim, para o presente. É necessário que se discutam estas imagens, para que estas situações não sejam só consideradas acontecimentos, mas vistas como são, a realidade»;


É neste momento que é evidenciado o luxo em que todos nós vivemos, como o ensino, a segurança e a liberdade. Grandes privilégios que, desde na nossa infância, possuímos, mas que, pelo facto de estarem sempre presentes na nossa realidade e pelo facto de os tomarmos por garantidos, não damos o devido valor.»

 

Crescer com Claret é deixar-se interpelar!

 

Alunos do 12.º AJ e LR e
Professores Rui Jorge Neves, Maria José Queirós e Maria José Fontes

 

 

 

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