FALAR SAÚDE Nº 19: Quando cai a folha

Prof. Isabel Cristina
03/10/2011

As aulas começaram apenas há cerca de duas semanas e já vejo gente com o nariz entupido acompanhado, por vezes, de sonoros espirros que anunciam a chegada do outono.

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

  Rubrica
Falar Saúde
1 de Outubro de 2011

 

 

 

 

 


Outono é outra primavera, cada folha uma flor.
Albert Camus


Falar Saúde Nº 19
Quando cai a folha

As aulas começaram apenas há cerca de duas semanas e já vejo gente com o nariz entupido acompanhado, por vezes, de sonoros espirros que anunciam a chegada do outono. De facto, foi no dia 23 de setembro que se deu o equinócio do outono e com ele batem-nos à porta as chamadas doenças sazonais, ou seja, aquelas que ocorrem com maior frequência numa determinada estação do ano.

Entre estas doenças, as mais comuns são as afeções (afeção - anomalia, disfunção, lesão, doença ou síndrome) respiratórias (também frequentes na primavera, embora por razões um pouco diferentes), devido à diminuição da temperatura e da humidade relativa do ar, cuja disseminação é amplificada dentro da sala de aula, onde somos mais e estamos mais próximos.

São elas…
…a constipação comum – É uma infeção leve das vias respiratórias superiores (nariz e garganta), que apresenta coriza (corrimento nasal), espirros com ou sem febre moderada e pode ser causada por alergias e vírus. Como os medicamentos, descongestionantes, anti-histamínicos ou analgésicos apenas amenizam os sintomas, aposte na prevenção: evite o frio, as bebidas geladas e permanecer em ambientes aglomerados, fechados e pouco ventilados.

… a gripe sazonal – É uma doença muito contagiosa que ataca as vias respiratórias (nariz, garganta e pulmões) e é causada pelo vírus Influenza. Assim como a constipação, não existe remédio para a cura, mas sim para aliviar os sintomas. Febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e inflamação dos olhos são alguns deles. A melhor prevenção é a vacina que deve ser tomada nesta altura para surtir os efeitos desejados.

… a bronquite – É uma reação inflamatória dos brônquios que impede que o ar chegue aos pulmões. Assim como outras doenças inflamatórias, o catarro, a tosse seca com sibilâncias (apitos) são os principais sintomas, seguidos pela tosse com catarro, dores no peito, fadiga, mal-estar geral e febre. Acredita-se que alergias, irritações causadas pelo fumo do tabaco ou outros poluentes, poeiras ou agentes ambientais como a neblina podem ser os causadores da doença. A prevenção é evitar locais poluídos.

… a pneumonia – É uma infeção aguda que atinge os pulmões e que costuma ser precedida de gripe ou constipação. Os sintomas são a tosse com expetoração de secreção amarela ou verde, às vezes acastanhada devido a presença de sangue, dor no tórax, que piora com a respiração, febre alta, calafrios, suor e palidez. A melhor prevenção é a vacina, não fumar, tratar com atenção as doenças respiratórias, evitar ambientes fechados e repousar muito em caso de gripe ou bronquite forte.

…as alergias – Ocorrem quando o organismo reage com exagero a alguma substância estranha. Os sintomas são parecidos com os da constipação. Pode ocorrer também edema (inchaço) das mucosas e risco, muito raramente, de anafilaxia que é o encerramento glote na laringe, dificultando ou impedindo a passagem do ar, causando a asfixia. Para prevenir é preciso saber qual o agente causador da alergia, diagnosticado por um médico especialista.

… a rinite alérgica – É uma inflamação não contagiosa das mucosas do nariz e atinge cerca de 40% dos portugueses. É quase sempre causada por alergias ou por reações a fumo e outros agentes ambientais. Corrimento nasal, irritação ocular, no nariz e na boca, espirros e, às vezes, um pouco de febre são os sintomas. Evitar permanecer em locais fechados e com mofo, não fumar e evitar cheiros fortes, são alguns dos cuidados a ter.

Transversais a todas as medidas preventivas referidas, destaque para uma alimentação saudável, para a prática do exercício físico, beber bastante água, limpar as fossas nasais e a garganta diariamente, manter o ambiente arejado e evitar as correntes de ar e as grandes variações de temperatura. Se os sintomas se agravarem como, por exemplo, o aumento ou a persistência da febre, recorrer ao médico e evitar a automedicação.

Prof. Isabel Cristina

 

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