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No âmbito das actividades que estão a ser desenvolvidas para o projecto “Ciência
na Escola”, sob patrocínio da Fundação Ilídio Pinho / DREN, os alunos dos cursos
de Química, Ambiente e Qualidade, Artes e Indústrias Gráficas e Património e
Turismo realizaram uma visita de estudo ao monumental Mosteiro da Batalha. Este
magnífico edifício, obra-prima classificada pela Unesco como Património Mundial,
faz-nos recuar na história, pois as suas origens estão ligadas à marcante
batalha de Aljubarrota, decisiva para a consolidação da independência nacional:
a sua construção foi a forma que D. João I encontrou de agradecer à Virgem Maria
pela vitória na batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385.
Durou cerca de 200 anos a edificação deste mosteiro, hoje sob gestão do IGESPAR,
e que representa um dos mais importantes exemplares da arquitectura gótica em
Portugal, com elementos decorativos de estilo manuelino. Possui, na sua
sacristia, as mais antigas pinturas murais da idade média no nosso país e o mais
importante núcleo de vitrais medievais portugueses. Foram exactamente os vitrais
um dos elementos artísticos do mosteiro que mais atraiu os alunos visitantes,
com os seus jogos de luz colorida projectada no interior do edifício. Logo na
entrada do edifício é de destacar o portal do mosteiro, e a nave principal da
igreja impressiona pela sua dimensão. Na visita acompanhada do Director do
mosteiro, Dr. Júlio Órfão, foi-nos permitido o acesso à Sacristia onde
encontrámos as pinturas murais mais antigas do país. Na magnífica Capela do
Fundador encontrámos os túmulos de D. João I e de D. Filipa de Lencastre e seus
filhos Infantes entre os quais o Infante D. Henrique. Na Sala do Capítulo
encontrámos o túmulo do soldado desconhecido e veio o momento de maior
sentimento por todos os soldados que morreram na frente de combate. A visita
terminou nas capelas imperfeitas, magníficas na sua perfeição arquitectónica e
incompletas na construção.
Na segunda parte da visita conhecemos a Aldeia de Pia do Urso, um espaço
turístico, localizado na freguesia de São Mamede. O pequeno núcleo histórico de
habitações em pedra foi recuperado, e a aldeia permite uma viagem calma ao
encontro do mundo rural em pleno contacto directo com a natureza. Zonas de
merenda, um miradouro virtual para invisuais, um restaurante de cozinha
regional, um café e lojas de artesanato e produtos da terra são espaços que a
aldeia oferece aos visitantes. O Parque Eco-Sensorial da Pia do Urso é o
principal ponto desta aldeia, apresentando um circuito pedestre centrado em seis
estações de ciência interactiva, convidando ao jogo lúdico e à experimentação.
Diz a lenda que o nome da aldeia advém do facto de que, outrora, neste local se
banhava diariamente um urso, aproveitando a “piscina” natural (pia) escavada na
pedra pela erosão das águas das chuvas.
Cristina Rêgo e Joana Oliveira
12ºano do Curso Científico-tecnológico de Património e Turismo.
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