Visita de estudo ao Convento de Mafra

Vanessa Silva e Pedro Maia do 12.º LR
11/01/2011

No dia 9 de Dezembro de 2010, as turmas LR e AG do 12.º ano realizaram uma visita de estudo ao famoso Convento de Mafra, acompanhadas pela Dr.ª Glória Silva e pelo Dr. Pedro Figueiredo, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa e do estudo da obra “Memorial do Convento”, de José Saramago.

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O Internato

No dia 9 de Dezembro de 2010, as turmas LR e AG do 12.º ano realizaram uma visita de estudo ao famoso Convento de Mafra, acompanhadas pela Dr.ª Glória Silva e pelo Dr. Pedro Figueiredo, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa e do estudo da obra “Memorial do Convento”, de José Saramago.

Chegámos ao Convento de Mafra por volta das 10h45 e ficámos deslumbrados pela grandiosidade e pela imponência do Palácio-Convento. Depois de recuperarmos do primeiro impacto que este monumento nos causou, fomos recebidos pelo guia que nos ia acompanhar nessa visita de estudo, o Sr. Eduardo Silva, que começou por nos explicar as partes que compunham o Convento de Mafra. Ficámos a saber que o Convento foi mandado construir pelo rei D. João V, em virtude de uma promessa que tinha feito se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência. Pertence ao estilo barroco e neoclássico, é composto por 4500 portas e janelas e é do tamanho de quatro campos de futebol. Os quartos do rei e da rainha ficavam em pontas opostas do palácio, sendo o lado norte designado para o rei e o lado sul para a rainha. O Convento de Mafra foi construído à imagem do Palácio de Versalhes, mas numa versão maior, visto que o Convento representava o poder do rei.

Depois de sabermos todas estas informações, dirigimo-nos para a Basílica. Tal como a fachada exterior do Convento, também a Basílica combinava o estilo Barroco e Neoclássico e estava disposta em forma de cruz latina. Lá, pudemos observar melhor a varanda que o rei D. João V mandou construir para assistir às missas celebradas. A luz que irradiava das janelas conferia à varanda um pendor quase divino (característica de que o rei usufruía), representando o poder absoluto do rei. A Basílica foi inaugurada no 41.º aniversário do rei, antes de estar concluída, visto que ele queria inaugurá-la antes de morrer.

De seguida, passámos a visitar a parte do palácio. Uma das curiosidades que o nosso guia nos contou sobre esta parte do edifício foi que quase toda a decoração do palácio se encontrava no Brasil, devido às invasões francesas e à fuga da família real para esta colónia. A primeira divisão que nós visitámos foi a sala de trono. Por cima do trono, havia um pormenor muito interessante: dois homens estavam a empurrar uma pedra. À primeira vista, todos ficaram muito admirados porque pensavam que eram esculturas, mas, depois das explicações do nosso guia, perceberam que era uma técnica da pintura. Esses dois homens representavam Hércules e foram colocados nesta divisão como símbolo da força e do poder do rei.

No quarto do rei, havia dois objectos que é importante destacar: a cama e os espelhos. A cama era surpreendentemente pequena e descobrimos que as pessoas antigamente eram mais baixas e também que o rei dormia sentado porque se acreditava que se se deitasse morria. Os espelhos eram utilizados para reflectir a luz e iluminar o quarto.

No quarto da rainha, já encontrámos uma divisão mais romântica e feminina. Consequentemente, também encontrámos uma cama mais larga, visto que D. Fernando II e D. Maria II, no século XIX, já partilhavam o quarto.

A divisão seguinte que visitámos foi a sala de jogos. Todos ficaram muito interessados na forma como antigamente se jogava os jogos de hoje, como snooker, bilhar e bowling. A maior parte dos utensílios utilizados eram feitos de madeira e ferro. Outra sala que nos admirou bastante foi a sala da caça. Havia cabeças de animais mortos por toda a parte (veados, javalis) e até a mobília tinha a forma dos chifres de alguns animais.

Por fim, tínhamos chegado à divisão mais esperada: a biblioteca. Apesar de não termos podido entrar na biblioteca, ficaram todos fascinados pela grandiosidade desta. A biblioteca conta com 38000 livros e pertence ao estilo barroco decadente. Os livros são organizados por temas e a cada tema é atribuído um número romano. Para os conservarem, utilizam uma conservação natural através de morcegos que habitam na biblioteca, alimentando-se de larvas e outros insectos que possam destruir este valioso tesouro literário.

Após a visita na parte da manhã ao Convento de Mafra, os alunos tiveram direito à hora de almoço, aproveitada para apreciar os magníficos jardins que rodeiam o Palácio. Assim, por volta das 14h30, os alunos dirigiram- se para um dos corredores do Convento, onde começaram por assistir a uma pequena cena de um teatro referente ao livro Memorial do Convento, de José Saramago. Esta foi uma representação dramática sob o lema “O Homem primeiro tropeça, depois anda, depois corre, um dia voará!”, interpretada por artistas ilustres da companhia Éter Produção Cultural, e que permitiu aos alunos um maior conhecimento sobre a obra.

Depois do teatro, os alunos dirigiram-se para o autocarro, seguindo por volta das 17h00 rumo aos Carvalhos após esta visita que se tornou bastante importante, pois permitiu uma melhor aprendizagem sobre um dos monumentos mais conhecidos do país e uma das obras mais badaladas da literatura portuguesa.

Vanessa Silva e Pedro Maia do 12.º LR


 

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