Falar Saúde nº 2: A propósito de fome…

Prof. Isabel Cristina
15/10/2010

Comemora-se a 16 de Outubro, o Dia Mundial da Alimentação, este ano subordinado ao tema «Unidos Contra a Fome». Este dia assinala a data de fundação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), é celebrado há já 29 anos, actualmente em mais de 150 países, e tem como grande objectivo alertar a humanidade para a importância e benefícios da alimentação saudável.

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

  Rubrica
Falar Saúde
15 de Outubro de 2010

 

 

 

 

 


Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.

Madre Teresa de Calcutá

A propósito de fome…

Comemora-se a 16 de Outubro, o Dia Mundial da Alimentação, este ano subordinado ao tema “Unidos Contra a Fome”. Este dia assinala a data de fundação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), é celebrado há já 29 anos, actualmente em mais de 150 países, e tem como grande objectivo alertar a humanidade para a importância e benefícios da alimentação saudável.

Como não poderia deixar de ser, gostaria de aproveitar esta oportunidade para “mexer” com os nossos alunos, explorando um tema, ainda que de forma breve, que, dizem eles, já está muito “batido”.

Vamos então esclarecer alguns mitos.

“Estudar é uma actividade passiva.”

Ao contrário do que muitos pensam, um estudante precisa de muita energia para cumprir as suas tarefas escolares, desportivas e sociais. Só a título de exemplo, um aluno do Colégio gasta, em média, cerca de 920 calorias durante as 7h diárias que passa na sala de aula. Isto, sem contabilizar as calorias despendidas nas aulas de Educação Física, no recreio, nem tendo em conta factores, como as estações do ano ou as épocas de avaliação.

Assim, a dieta escolar, o regime alimentar que satisfaz as necessidades de um estudante, deve incluir de tudo, mas tudo sem exagero. Até o consumo de fast food só começa a tornar-se um problema quando é ingerida em grandes quantidades e desprovida de acompanhamentos saudáveis como a fruta ou as verduras.

“Os professores são uma seca, nunca mais toca para o intervalo!”

Nunca é demais focar a importância de um bom pequeno-almoço. Sair de casa sem a energia necessária para enfrentar mais um dia de escola, leva a que o cansaço, a desconcentração, a apatia e a má disposição tomem conta do estudante, ou seja, leva a tudo o que um aluno deve evitar. Um bom pequeno-almoço deve incluir fruta, produtos lácteos, cereais de pequeno-almoço ou pão, pouco refinados e uma bebida como chá, infusão ou água.

“Evitar os lanches nos intervalos ajuda-me a emagrecer.”

Quando fazemos jejum prolongado, o organismo entende que é preciso guardar energia e passa a trabalhar de forma mais lenta. Dificulta o processo de queimar gorduras e corremos o risco de desenvolver uma gastrite, pois sem alimentos para digerir, o suco gástrico (que é ácido) pode atacar as paredes do estômago, situação que se agrava naqueles alunos mais ansiosos. Para além de tudo isto, chegamos à hora de jantar cheios de fome. Vamos comer muito mais do que é aconselhável, desequilibrar o organismo e perturbar uma noite de sono tranquila e reparadora. A fruta, as bolachas integrais e os iogurtes são uma boa opção para os pequenos lanches.

“Dizem-me para beber liquidos, mas não precisa ser água.”

Mentira! Os refrigerantes em geral, contêm algumas substâncias como acidulantes e corantes que vão promover um melhor sabor e aceitação, mas os seus efeitos colaterais, apesar de depender da sensibilidade de cada um, podem ser graves. Um outro componente que está sempre presente, em maior ou menor quantidade, é o açúcar. O excesso de açúcar, pode causar cáries e, dependendo da sensibilidade e predisposição de cada indivíduo, obesidade, agravar quadros de gastrite, diabetes e outras doenças.
Sendo assim, beber pelo menos 1,5 litros de água por dia é a melhor opção, de preferência nos intervalos das refeições.

“Não gosto nada de couves!

O grupo dos frutos e produtos hortícolas é, na roda dos alimentos, o grande fornecedor de vitaminas e sais minerais. São alimentos de baixo teor calórico e, por serem ricos em fibras, contribuem para a saciedade, sendo por isso muito importantes na prevenção e combate à obesidade. Uma alimentação deficiente nestes nutrientes pode conduzir a um mau funcionamento de diversos órgãos ou tecidos, em que se incluem, entre muitos outros, os intestinos, a pele, as unhas ou os olhos. Experimentem consumir mais sopa e mais saladas e verão a diferença.

Deixo-vos com estes tópicos para reflexão sobre um dos determinantes mais importantes da nossa saúde e lembrem-se que a fome não se resume à falta de alimentos no regime alimentar, mas inclui também a falta de determinados nutrientes necessários à manutenção de uma vida saudável.

Para saber mais:

www.online24.pt/dia-mundial-da-alimentacao-2010/
www.fao.org/
sigarra.up.pt/fcnaup/
www.educare.pt

Prof. Isabel Cristina

 

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