Exposição Individual de Escultura de Coelho da Silva
Prof. Aníbal Couto
08/05/2018
É com grande prazer e satisfação que nos associamos a este momento tão especial da vida da Inês Coelho da Silva, ex-aluna do curso de Artes e Indústrias Gráficas do CIC, a terminar este ano a licenciatura em Artes Plásticas...
Exposição Individual de Escultura de Coelho da Silva
Tendo participado já em várias exposições coletivas, entre as quais se destacam: "Hiato" (2018, Fórum da Maia, Maia, Portugal); "Desenhar na incerteza — Do Processo ao Projeto" (2018, FBAUP, Portugal); "Tubo de Ensaios" (2017, FBAUP, Portugal); "SIM PARTE II" (2017, CACE Cultural, Porto, Portugal); e "Imagens do Corpo Interior" (2016, ICBAS, Portugal), bem assim como tendo assumido um papel preponderante como fundadora e participante das revistas de arte independente “SIM” e “NÃO” (2015 - 2017) e como cocuradora da exposição coletiva “Metrónomo” (2015, Estação de Metro de S. Bento, Porto, Portugal), Coelho da Silva mostra-se como uma jovem artista com um futuro extremamente promissor.
SINOPSE: “SOBRE O ESTADO DO TEMPO” Os trabalhos apresentados em "Sobre o Estado do Tempo" abordam questões de quotidiano, de passagem do tempo, de autorreferencialidade, de palimpsesto e de íntimo. Relatam experiências reais do registo diário de pensamentos e acontecimentos na primeira pessoa. Traduzidas em pequenos desenhos e/ou textos, mais ou menos reconhecíveis, estas experiências revelam-se ao público de uma forma encriptada, tão simples quanto confusa. As produções que se enquadram neste projeto prendem-se com fatores de ordem, mais do que pessoal, íntima, contendo segredos inconfessáveis e verdades inalcançáveis, num jogo de partilha e recusa entre a artista e o observador. As palavras aparecem, por vezes, muito claras na sua leitura (apesar de não tanto na sua simbologia) - tornando-se, assim, mais signos do que símbolos para quem não lhes sabe a intenção - e, por outras, impossíveis de descortinar pela sua sobreposição numa ideia de palimpsesto: tudo o que não é apagado, mas reutilizado, reescrito, revisto, revisitado. Inscrevem-se nestas peças tudo o que a artista pensa e o que sente, sem qualquer filtro, não recorrendo ao passado ou à memória, mas ao momento presente. As peças impõem como esculturas-desenhos-pinturas- poemas, exibindo os materiais mais convencionais como uma analogia ao seu "eu" mais puro e menos mediado. Este reflexo de um pensamento narcísico é espelho da necessidade da recuperação da identidade que vem sido eliminada sob as máscaras digitais das novas redes de comunicação. Num misto de automatismo e consciência na gravação de signos e símbolos, estas peças exibem-se como um lugar de catarse que, apesar de conterem em si significados muito específicos, não inibem o observador de realizar a sua própria leitura e de imprimir nelas as suas próprias preocupações. Tempo meteorológico e Tempo cronológico confundem-se, aqui, numa metáfora aos estados intermitentes da alma e do pensamento. Coelho da Silva
Instagram: www.instagram.com/coelho.da.silva GALERIA GERALDES DA SILVA
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