FALAR SAÚDE Nº 17: MISSÃO: Diagnosticar

Prof. Isabel Cristina
01/08/2011

No seguimento dos dois últimos artigos, aproveito para vos alertar mais uma vez para os perigos do sol mas, desta feita, no pior dos cenários: o aparecimento do melanoma!

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

  Rubrica
Falar Saúde
1 de Agosto de 2011

 

 

 

 

 


Se nos sentarmos agora, podemos ser atropelados mais tarde.
Franklin D. Roosevelt


Falar Saúde Nº 17
Missão: Diagnosticar

No seguimento dos dois últimos artigos, aproveito para vos alertar mais uma vez para os perigos do sol mas, desta feita, no pior dos cenários: o aparecimento do melanoma!

O que é um melanoma?

O melanoma é o cancro da pele mais perigoso e um dos tumores malignos mais agressivos da espécie humana. Origina-se a partir dos melanócitos da epiderme, células responsáveis pelo fabrico do pigmento natural (melanina) que dá a cor bronzeada à pele e parece estar associado à exposição solar intermitente, aguda e intempestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares ("escaldões"), especialmente quando ocorrem em idades jovens.

O melanoma maligno pode surgir sobre pele aparentemente sã, em qualquer parte do corpo ou sobre sinais preexistentes. O aspecto inicial do melanoma é variado, mas caracteriza-se, habitualmente, pelo aparecimento de um pequeno nódulo ou mancha, de cor negra de alcatrão, sobre pele aparentemente sã ou sobre um sinal já existente.
As pessoas mais susceptíveis de desenvolver um melanoma são as que:

  • Têm antecedentes familiares de melanoma.

  • Tenham tido no passado um melanoma.

  • Tenham sinais que se alteram.

  • Sejam portadoras de um grande número de sinais.

  • Tenham pele clara e olhos azuis, que sofrem facilmente de queimaduras solares e/ ou que se bronzeiam com dificuldade.

  • Tenham antecedentes de queimaduras solares na infância e/ ou adolescência.

  • Trabalhem ou exerçam actividades ao ar livre.

O tratamento é quase sempre cirúrgico e, quando efectuado nas fases iniciais, em que o tumor ainda é muito fino (espessura inferior a meio milímetro), atinge elevadas taxas de cura. Todavia, quando o tumor já é muito espesso (espessura superior a quatro milímetros), as probabilidades de cura ficam drasticamente reduzidas, existindo o risco eminente de metastização à distância. O diagnóstico precoce é, pois, fundamental.

Como reconhecer um melanoma?

A maior parte dos indivíduos tem lesões pigmentadas no corpo: sinais, sardas, manchas de cor escura. Num adulto existem pelo menos 25 sinais em todo o corpo. Apenas um pequeno número são de nascença e a maioria vão surgindo com o crescimento. A maior parte destes sinais vulgares são benignos; todavia, uma alteração recente na forma pode ser o primeiro indício de transformação em melanoma ou de outro tipo de cancro da pele.

O auto-exame cutâneo regular é a melhor forma de nos familiarizarmos com as manchas pigmentadas e os sinais. O melanoma maligno diferencia-se bem das lesões benignas ou vulgares. Quando fazemos o auto-exame cutâneo deveremos ter particular atenção no tamanho dos sinais, à sua forma, bordo, cor e evolução.

Se descobriram um novo sinal, pigmentado, e constataram alguma modificação apliquem a regra ABCDE:

  • A: Assimetria (a forma do sinal é irregular, não redonda)

  • B: Bordo (o contorno do sinal é irregular, mal delimitado)

  • C: Cor (o sinal não apresenta uma cor uniforme, tem várias cores)

  • D: Diâmetro (o diâmetro do sinal é superior a 5 mm)

  • E: Espessamento recente

Para fazerem uma ideia…



Benigno:
Sinal de aspecto normal. Contorno regular.


Duvidoso:
Contorno irregular com cor desigual. Talvez benigno, necessita ser examinado pelo médico.


Maligno:
Contorno irregular, cor negra, não uniforme. Melanoma superficial. Diâmetro superior a 10 mm. Tratar sem demora.


Maligno:
Melanoma nodular. Forma irregular e cor desigual. Tratar sem demora.

(Fontes consultadas: Portal da Saúde e Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo)


Termino, dizendo que foi um prazer escrever para vós ao longo deste ano lectivo e agradecendo a todos quantos comentaram de forma construtiva esta rubrica.

Votos de umas boas férias, sem nunca esquecer os pequenos gestos diários, que podem evitar virmos a ser “atropelados mais tarde”.

Prof. Isabel Cristina

 

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