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Rubrica
Falar Saúde
15 de Março de 2011 |
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Em Podem cortar todas as flores, mas não podem deter a Primavera.
Pablo Neruda
Falar Saúde Nº 11
Atchim!
Estamos a poucos dias de receber a Primavera e apesar de frequentemente
associada ao reflorescimento, esta estação do ano não é, para todos, um
“mar de rosas”.
De facto, são muitos os que a partir de Março, vêem condicionada a sua
existência por sintomas tão incómodos como os espirros frequentes, o
lacrimejo ou as crises de asma, sobretudo as pessoas sensíveis ao pólen,
o alérgeno mais comum no nosso meio. A inflamação da mucosa nasal –
rinite – é a afecção mais frequente que pode apresentar-se neste órgão.
As plantas mais nefastas, neste sentido, são as que polinizam através do
vento, ou seja, as anemófilas.
Os especialistas concordam em definir a alergia como uma reacção
excessiva do organismo humano, provocada por substâncias que este
reconhece como nocivas, apesar de, na realidade, não o serem. A rinite é
a doença alérgica mais comum em todo o mundo, afectando um quarto da
população mundial e em Portugal atinge um milhão de indivíduos, o que
representa cerca de 10% da população.
O paciente alérgico não pode evitar o contacto com a substância que lhe
provoca a reacção, uma vez que o pólen anda em suspensão no ar. Os
sintomas não demoram muito a aparecer. Por vezes, poucos minutos após o
contacto, a mucosa nasal inflama-se, começa o ardor e inicia-se a crise
de espirros. Frequentemente, a rinite é acompanhada de conjuntivite, com
intenso lacrimejo, ardor e avermelhamento da membrana conjuntiva do
olho.
Os sintomas podem ser acompanhados de tosse, ruídos no peito e,
inclusive, dificuldades respiratórias, o que significa que a alergia
afectou os brônquios e devemos consultar, sem demora, um alergologista.
Com efeito, quando os sintomas aparecem da garganta para baixo, é
fundamental um tratamento adequado, para prevenir a aparição de asma.
Como tratar?
De acordo com os especialistas, pode averiguar-se qual o alérgeno que
provoca as reacções e controlar a doença com medicação e imunoterapia
(vacina), quase em 100%. Ou seja, o paciente continuara a ser alérgico,
mas deixa de apresentar sintomas.
O tratamento consiste em evitar o mais possível a exposição ao alérgeno,
neste caso ao pólen, e administrar medicamentos que controlem ou
diminuam os sintomas. Os anti-histamínicos e os corticoesteróides locais
são úteis para actuar sobre as crises.
Quanto à imunoterapia, costuma apresentar bons resultados, quando os
pacientes estão correctamente diagnosticados e cumprem uma série de
requisitos. Se assim for, os sintomas podem desaparecer por completo,
num prazo de apenas três ou quatro anos.
Algumas precauções também podem ser adoptadas no sentido de minimizar os
efeitos do pólen como, por exemplo: evitar saídas para o campo na época
da polinização substituindo esses locais por zonas costeiras; viajar de
automóvel com as janelas fechadas; certificar-se que os filtros, do ar
condicionado ou da viatura, são anti-pólen; usar óculos de sol.
(Fonte consultada: Publicação Saúde e Bem-Estar)
Prof. Isabel Cristina
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