FALAR SAÚDE Nº 86: Brindemos!

Prof.ª Isabel Cristina
04/01/2016

Brindar a 2016 também pode ser um brinde à saúde, especialmente se o fizermos com espumante ou champanhe. De facto, nos últimos anos a ciência médica tem realizado estudos que comprovam os benefícios desta virtuosa bebida, quando consumida moderadamente...

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

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Falar Saúde
04 de janeiro de 2016

 

 

 

 

 


Só as pessoas sem imaginação não conseguem encontrar um motivo para beber champanhe.
Oscar Wilde


Falar Saúde Nº 86
Brindemos!


Brindar a 2016 também pode ser um brinde à saúde, especialmente se o fizermos com espumante ou champanhe. De facto, nos últimos anos a ciência médica tem realizado estudos que comprovam os benefícios desta virtuosa bebida, quando consumida moderadamente e de forma responsável.

O vinho espumante natural é um vinho cujas características e métodos de fabrico foram importados de França. Aos romanos, atribui-se o facto de terem plantado as vinhas na região, embora existam documentos históricos que atestam que a cultura da vinha vem de muito antes. Dos vinhos espumantes naturais faz parte a mais famosa de todas as bebidas, o “Champagne”. No entanto, em Portugal, temos bons vinhos espumantes naturais, especialmente nas zonas de Lamego, Bairrada e Azeitão.

O champanhe adquiriu glória no início do século XX, quando se tornou um símbolo da “Belle Époque” e passou a estar associado ao prestígio social e às comemorações. Porém, desde o final do século XIX, já era reconhecido pelas suas propriedades medicinais. Os médicos recomendavam tão famosa bebida para combater a má digestão e reumatismos, ou como diurético, antissético e estimulante, para alegrar o espírito e fortalecer o corpo.

Tais benefícios têm vindo a ser comprovados cientificamente pela Universidade de Reading, no Reino Unido, e resultam principalmente da sua riqueza em polifenois (substâncias antioxidantes), potássio, magnésio e dióxido de carbono, além do seu baixo teor alcoólico e índice calórico.

A conclusão mais promissora destes estudos relaciona-se com o efeito protetor do espumante das células do cérebro e do coração, nomeadamente, no aumento da longevidade e como adjuvantes no combate a doenças como o Alzheimer, o Parkinson, a aterosclerose ou enfartes.

Para além deste grande benefício, os espumantes: 

  • são diuréticos;

  • melhoram a digestão;

  • ajudam na função pulmonar e na perda de peso;

  • têm um efeito antirreumático;

  • aumentam o nível de serotonina no organismo, melhorando o humor e dando a sensação de bem-estar.

Algumas notas importantes…

Devemos alternar o consumo de espumante com pequenas doses de água, pois, como foi referido, o espumante é diurético, ou seja, provoca a eliminação de água do organismo que, quando em excesso, desequilibra a percentagem interna de líquidos (principal causa da dor de cabeça e da “ressaca”).

Nos jovens, o consumo de álcool pode trazer prejuízos para a memória, dificultar a aprendizagem e o controlo de impulsos, uma vez que o seu sistema nervoso central ainda está em desenvolvimento. Desta forma, a ingestão sustentada de espumante deve ser evitada por esta faixa etária.

A famosa dieta do champanhe sugere a ingestão diária de duas taças da bebida, associadas a uma alimentação saudável, rica em nutrientes e que varie entre 1.200 e 1.400 calorias diárias. No entanto, é importante que esta situação não sirva de desculpa para aumentar o consumo diário de álcool.


Prof. Isabel Cristina

 

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