FALAR SAÚDE Nº 73: Tempo de doar

Prof. Isabel Cristina
02/12/2014

Aproxima-se a época natalícia e multiplicam-se as campanhas de solidariedade. O fim do ano parece trazer-nos a necessidade de fazer uma espécie de balanço e somos invadidos por um forte sentimento de solidariedade...

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

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Falar Saúde
02 de dezembro de 2014

 

 

 

 

 


“Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente!"
Martinho Lutero


Falar Saúde Nº 73
Tempo de doar


Aproxima-se a época natalícia e multiplicam-se as campanhas de solidariedade. O fim do ano parece trazer-nos a necessidade de fazer uma espécie de balanço e somos invadidos por um forte sentimento de solidariedade. Os donativos são os mais diversos, desde alimentos a vestuário, mas muito raramente são entregues medicamentos a particulares e/ou instituições.

Neste sentido, e porque a necessidade é elevada, o Colégio promoveu, entre os dias 10 e 21 de novembro, uma recolha de medicamentos sem utilidade para os agregados familiares, mas que ainda podem ser usados por pessoas que, neste momento, apresentam graves carências económicas que as impossibilitam de adquirir os medicamentos de que precisam (há quem tenha de escolher entre o medicamento e a sopa!). É preciso ter consciência de que a interrupção de um medicamento antes do tempo indicado, ou a não adesão a um tratamento, tem sérias consequências não só na saúde das pessoas como também em todo o sistema de saúde. Tratamentos interrompidos ou não realizados levam a que os doentes se tornem cada vez mais doentes, isto é, conduzem a uma diminuição da sua qualidade de vida e a um aumento das morbilidades e, inclusivamente, da mortalidade. Pessoas mais doentes aumentam a pressão no sistema de saúde, ou seja, verifica-se uma maior procura de cuidados nos hospitais com um aumento da despesa pública em saúde.

Esta ação foi desenvolvida em colaboração com o Centro Porta Amiga da AMI – Fundação de Assistência Médica Internacional – e integrada nas suas campanhas organizadas a nível nacional. Os Centros Porta Amiga prestam serviços que visam satisfazer as necessidades básicas dos indivíduos e desenvolver a autonomia dos cidadãos, nomeadamente no apoio médico / de enfermagem e distribuição de medicamentos, ou seja, médicos e enfermeiros voluntários prestam cuidados de saúde não só na vertente curativa como também preventiva.

Porque acreditamos que valores como a gratuidade e a partilha são essenciais para vivermos numa sociedade justa, solidária e preocupada pelo bem comum, fica aqui o nosso muito obrigado a todos os que colaboraram. Quem não aproveitou esta oportunidade, e porque “o natal é quando um Homem quiser”, saiba que pode fazê-lo ao longo do ano, com a certeza de que os medicamentos serão entregues nas instalações do Centro Porta Amiga da AMI, no Porto.

Lembrem-se que, com esta ação, podemos também minimizar o impacto que os resíduos de embalagens e medicamentos podem vir a causar sobre o ambiente, ao mesmo tempo que promovemos a não acumulação de medicamentos pelos cidadãos nas suas casas, evitando os riscos resultantes de um inadequado armazenamento e posterior utilização dos mesmos. 

Prof. Isabel Cristina

 

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