Optimismo: Teoria e Avaliação
José H. Barros de
Oliveira
Faculdade de Psicologia e
de Ciências da Educação da
Universidade do Porto
Resumo
Normalmente em Psicologia estudam-se mais as variáveis negativas do que as positivas. Assim. é versado mais o pessimismo do que o optimismo a depressão do que a alegria ou a felicidade, a ansiedade ou o stress do que a serenidade. Todavia, é melhor enfrentar a vida pela positiva, particularmente a nível educacional.
Concretamente, mais do que tentar evitar o pessimismo, é preferível educar(se) para o optimismo; é preferível estudar e ensinar com optimismo do que com pessimismo. Trata-se de uma variável com a sua importância no campo pedagógico. Pensemos, por exemplo, na diferença e nas consequências de ter um professor de índole Geralmente optimista ou que habitualmente se mostra derrotista.
O optimismo é uma característica mais ou menos estável da personalidade, um estilo cognitivo sobre como o sujeito processa a informação quanto ao futuro, ou ainda urna expectativa Generalizada de um resultado positivo. Contrasta com o pessimismo e a depressão.
Depois de tentarmos definir em que consiste e de nos referirmos às diversas espécies de optimismo, alude-se a alguns estudos que correlacionaram o optimismo com outras variáveis da personalidade e ainda à sua avaliação. Termina-se aplicando à educação e mais em particular ao professor, sugerindo eventualmente algumas estratégias de promoção do optimismo.
O Perigo das Palavras:
Uma Lição de Wittgenstein para Psicólogos e Educadores
Orlando Lourenço
Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação da
Universidade de Lisboa.
Resumo
Psicólogos e educadores esquecem com frequência a mensagem profunda contida na ideia de Wittgenstein de que "devemos passar em silêncio sobre aquilo de que não sabemos falar". Nesta apresentação, eu mostro que psicólogos (e educadores) tendem a cair
Em consequência destas falácias, o campo da Psicologia (e das Ciências da Educação) está poluído com muitas publicações dispensáveis, confusões conceptuais e conceitos sem uma base relativamente sólida. Para tratar este estado de coisas, psicólogos (e educadores) precisam de aprender a lição que há um tempo e um lugar para as palavras, mas também um tempo e um lugar para o silêncio. Além de apelar para um exercício de rigor no trabalho científico, a mensagem de Wittigenstein contém uma dimensão ética que interessa explorar e pôr em prática.
A pessoa do professor
como mais valia na qualidade da educação
Manuel Correia
Fernandes
Professor do Ensino Secundário
Resumo
I Algumas constatações
a) sobre as características da educação na sociedade actual
b) sobre as qualidades dos jovens: quais serão os valores a que são ou se tomam mais sensíveis?
- o sentido da justiça
- a ânsia de liberdade
- os valores da democracia
- a generosidade
c) Sobre o conceito social do professor
- as opiniões da sociedade acerca do professor (aceitação versus prestígio)
- a influência da imagem no futuro dos jovens
- Tendência de dimninuição do papel do
professor na orientação e nas decisões educativas
II Qualidades educativas do professor que mais se podem tomar mercantes para o jovem:
- a pessoa e o exemplo dos educadores
- a competência, o saber e a dedicação:
"o modelo do mestre é mais eficaz que muitos livros" (L. A- Verne,v)
- a autoridade nascida das qualidades pessoais
e gerida com sabedoria e adaptação às circunstâncias;
- a sabedoria de uma afectividade controlada
- uma temperada conivência. ou cumplicidade
subtil,
- a aprendizagem da disciplina: aprender e
ensinar a respeitar as normas estabelecidas
c) Algumas balizas de orientação para uma acção educativa do professor (de qualquer disciplina)
- considerar a escola como campo de cultura, de formação, de equilíbrio de relações;
- estabelecer a definição de um quadro de
valores essenciais
- promover a criação de ideais nobres, sempre
em torno da pessoa
- delinear uma educação da afectividade e da
sexualidade marcada de novo por valores referenciais
- sensibilização explícita aos valores
espirituais, éticos, estéticos... (LBSE)
- educação em função da pessoa do aluno, o
que implica grupos de aprendizagem mais pequenos, melhor presença dos
professores nas escolas, espaços
de convivência e diálogo, delincação e realização de projectos culturais. ...
- um sentido claro da disciplina como
condição da liberdade e da formação: sem disciplina não se formam pessoas em
relação;
III. Em resumo: a substituição na educação do elemento semiótico pelo elemento simbólico.- na escola e na vida...
IV - Um modelo...