Festival da Canção

    O que aconteceu na tenda do circo, à qual alguém chamou «tenda dos sonhos», na noite de 17 de Abril, foi a festa, a celebração da alegria de viver, a materialização de sonhos de muitos meses. A música é a única e verdadeira linguagem universal e tem essa capacidade de despertar o que de melhor há em nós, fazendo renascer a esperança num mundo novo.

    Ao Festival 97, organizado pelo Departamento de Animação Cristã, concorreram 14 temas e desde cedo constatámos, mais uma vez, como a música é capaz de unir as pessoas. Todos estavam a torcer por todos e ninguém esperava ser vencedor. Durante as muitas semanas de ensaios, na sala do DAC, à hora do almoço, foi-se criando um espírito de grupo, superior à ambição ou à ideia de competição. Venceu a canção «Ainda há Fogo», cantada pelo Luís Andrés e pela Clara Sousa do 12º ano e a melhor interpretação foi da Diana, do 9º ano, mas o prémio principal, da amizade, foi para todos.

    O João Lacerda e a Clara Mergulhão do 12º ano, estiveram impecáveis, sempre muito seguros na apresentação. Contribuíram para que o espectáculo tivesse ritmo e introduziram o público no tema de cada canção.

    Também é de toda a justiça referir o contributo fantástico da equipa técnica, este ano totalmente composta por pessoas da casa. O bom som esteve a cargo do Joaquim Carvalho e o trabalho de luminotecnia foi conduzido pelo Engº Guilherme com os alunos de electrónica, a encher o espaço de cor e movimento. O curso de artes gráficas presente na cenografia e decoração, sempre orientado pela Drª Marília, construiu um ambiente de sonho e de fantasia, no palco onde a festa aconteceu.

    O entusiasmo das «claques» foi contagiante e compreende-se! No entanto, por vezes, prejudicou algumas interpretações. Minha gente, da próxima vez lembrem-se de uma coisa: a música é para ouvir e existem momentos próprios para nos manifestarmos.

    Do que ficou dito, tira-se uma conclusão: valeu a pena! Por todos os motivos e mais alguns, provou-se que a escola tem vida, que se pode trabalhar em conjunto, que temos capacidade em termos humanos e materiais de fazer, no futuro, cada vez mais e melhor.