Colóquios
A orientar os trabalhos deste Colóquio esteve o Simão Pedro (12º D3) e como convidados estiveram o Dr. Carlos Fragão, Director do Instituto do Emprego e Formação Profissional de V. N. de Gaia, a ex-aluna Raquel Sá que actualmente frequenta o ensino superior e os dois psicólogos para o ensino secundário do Colégio.
O colóquio teve início com a intervenção do Dr. Carlos Fragão que enfatizou sobretudo a necessidade da flexibilidade e da formação contínua, no sentido de facilitar a adaptação às mudanças constantes e aceleradas que têm lugar na sociedade actual e que se repercutem inequivocamente no mercado de trabalho.
Nesta linha de pensamento, a Drª Rosa Maria Madureira colocou a tónica na (co)-responsabilidade da escola, como contexto educativo privilegiado na promoção de novos saberes e novas atitudes dado que não basta «saber», «aprender», mas sobretudo é cada vez mais valorizado o «saber fazer», o «saber ser», o «aprender a compreender». Nesta perspectiva foi analisada a experiência de integração e acompanhamento de jovens no mundo do trabalho.
O Dr. Victor Reis, por sua vez, procurou sistematizar os aspectos mais relevantes a Ter em consideração pelos jovens aquando do seu processo de candidatura ao ensino superior, procurando consciencializá-los para os erros e/ou omissões que têm lugar mais frequentemente. Neste ponto, o depoimento da Raquel Sá foi muito sugestivo pois constituiu um testemunho vivo e com o qual os alunos presentes se identificaram.
Seguiu-se um longo e proveitoso debate que permitiu esclarecer dúvidas, trocar pontos de vista, revelando-se um bom feedbeek deste tipo de iniciativas.
Regionalização
Este evento, integrado no projecto do curso científico-tecnológico de Administração Pública, designado «O Poder e as Regiões / As Regiões e o Poder» foi destinado a todos os alunos do mesmo curso e respectivos professores.Na mesa, estiveram presentes o Pe. Freitas Ferreira, o Dr. Silvério Cordeiro, licenciado em Direito e director do Curso de Administração Pública Regional e Local do ISPGAYA , o Prof. Pedro Gonçalves em reperensetação do Dr. Rui Paulo Teixeira, coordenador dos cursos de humanidades do CIC e representantes dos alunos do 3º ano do ISPGAYA do curso de Administração Pública.
Feita a apresentação dos presentes, o Prof. Pedro Gonçalves introduziu o tema, referindo a sua importância no actual momento da vida política e social do País e colocando algumas questões de carácter prático acerca da incidência da regionalização sobre os cidadãos e também das implicações económicas que tal processo trará ao Estado.
Passada a palavra aos alunos do ISPGAYA, o José Manuel esclareceu alguns pormenores sobre os objectivos do trabalho bem como sobre a organização da sua exposição neste colóquio. O mesmo orador apresentou uma «Perspectiva histórica dos órgãos da Administração Regional em Portugal». Seguidamente, o Emídio abordou o «Conceito de Região» e Hilário Coelho versou sobre as «Atribuições e Competências dos Órgãos da Administração Regional». Posteriormente, Paulo Costa falou sobre os exemplos europeus nesta matéria, seguindo-se-lhe Pedro Barbosa e o Paulo, que distinguiram, respectivamente, «As vantagens e desvantagens da regionalização em Portugal».
No final da apresentação do tema, os oradores foram bastante saudados pelos presentes, seguindo-se, naturalmente, um período de colocação de questões aos mesmos. Estes responderam prontamente embora com a cautela necessária a um assunto de natureza tão controversa.
O Dr. Silvério Cordeiro enalteceu o trabalho realizado por estes alunos do ensino superior, referindo o alcance positivo que abordagens, como esta, a uma questão tão importante, podem Ter na sociedade portuguesa.
Por fim, o Pe. Freitas Ferreira agradeceu aos oradores a sua presença e felicitou-os pelo seu contributo no esclarecimento de uma questão que interessa a todos os que participam na vida nacional e, mais particularmente, aos jovens estudantes, futuros homens e mulheres, cidadãos activos do País. O mesmo aproveitou ainda para esclarecer a sua posição sobre o assunto em causa: opondo-se a qualquer modelo regionalista e defensor do poder autárquico, fundamenta-se na tradição multisecular municipalista do nosso território e no princípio de unidade nacional que é necessário a um País com as características do nosso. Independentemente da opinião que qualquer um de nós possa Ter sobre a matéria, ficamos mais enriquecidos, sobretudo no campo dos argumentos.
Este colóquio foi, sem dúvida, um bom exemplo de que se pode, com objectividade e sério rigor, abordar um tema que ainda faz parte do mundo das especulações e conjecturas, apesar da sua importância. Demonstrou também o alto nível de preparação que os alunos do ISPGAYA, nomeadamente os do curso de Administração Pública Regional e Local, possuem para a vida profissional e até científica que exige o mundo de hoje.
Ética e Comunicação
Organizado pelo Grupo disciplinar de Ética Profissional e aberto aos alunos do Colégio, decorreu um Colóquio subordinado ao tema «Ética e Comunicação».
Foi orador o Dr. José da Silva, ex-Director de Informação da Rádio Renascença e da R.T.P. - Porto. Actualmente exerce funções docentes numa Universidade privada.
Numa linguagem simples e coloquial, o Dr. José Silva, colocou-se no papel de jornalista, espectador e actor para mais facilmente nos fazer entender todos os meandros da informação nomeadamente a elaboração de uma notícia. Referindo-se ao código deontológico dos jornalistas, o prestigiado orador referiu o número reduzido de princípios e a sua ambiguidade permitindo a quem contrói a notícia servir-se de meios pouco lícitos para «arrancar» a informação e ainda, aproveitar-se de situações particulares que conduzem ao sensacionalismo. Raramente se noticiam acontecimentos felizes; em contrapartida dá-se muito relevo à desgraça, à guerra, à pobreza, enfim, a tudo o que é mau. Os meios de comunicação tornam-nos, assim, insensíveis e pessimistas.
Cientes de toda esta problemática, os responsáveis não parecem estar dispostos a alterar substancialmente a situação actual, pelo que cabe aos espectadores / consumidores a última e decisiva palavra: a diminuição das audiências.
Por fim, surgiu uma questão bastante pertinente posta pela assistência: - Que podemos esperar, com o livre acesso dos alunos, nas escolas, à INTERNET, onde se pode receber todo o tipo de informação? Como pode a escola limitar essa informação? Não será necessária «censura»?
Esperamos que, em conjunto, jornalistas e políticos, manifestem um maior empenho na salvaguarda dos princípios éticos que regem toda a vida do HOMEM.
A Internet na sociedade actual
Um dos novos caminhos da informação, actualmente designados «auto-estradas da informação» são os proporcionados pela Internet.
Com o objectivo de dar a conhecer as possibilidades deste novo meio de comunicação, os professores de Informática, Dr. Paulo Pinho e Dr. Miguel Ângelo, foram convidados a liderar um colóquio onde este tema foi abordado.
Os alunos presentes ficaram de olhos abertos e ouvidos atentos à palestra e, no final, a pergunta sacramental era a seguinte: «quando teremos possibilidade de trabalhar na Internet»?
Durante a Expocic foi possível o Colégio já estar ligado à Internet pelo que, alunos, professores e visitantes, puderam nevegar pelos caminhos das novas tecnologias.
E garantiram os professores que, de acordo com as indicações da Direcção do Colégio, muito brevemente os alunos teriam possibilidades de começar a trabalhar e a pesquisar o mundo infindável de informações disponíveis neste novo meio de comunicação.
A visita de Isabel Augusta Tomás ao
5ºC
Dentro do projecto de área escola para o 5ºano, que era "Personalidades", tivemos a visita de uma "Personalidade" muito especial: A Isabel Augusta, do 9ºano, da qual temos lido alguns escritos na "Biblioteca de turma". Passou por todas as turmas do 5ºano.
A nós, 5ºC, visitou-nos no dia 16-04-97 pelas treze horas e trinta minutos, numa aula de Português.
A Isabel visitou-nos disposta a esclarecer as nossas dúvidas sobre como escrever bem e também sobre ela.
No início apresentou-se falando sobre ela e também sobre alguns dos seus textos.
De seguida foi a vez de nós lhe expormos as nossas dúvidas às quais ela respondeu muito bem.
Eu adorei ler " Uma Aventura Campestre " livro que ela acabou de escrever nas férias grandes quando transitou para o sétimo ano.
A entrevista decorreu muito bem e teve a participação de todos, por isso sabemos muito sobre a Isabel Augusta Tomás.
Eu achei muito curiosa a maneira de ela falar usando termos muito bonitos como por exemplo: " brincar com as palavras ", "ser intermediária entre a sua imaginação e o papel "entre outros.
Gostei muito de saber o que ela sentiu ao ver o seu primeiro livro. Contou que estava no seu lugar quando o Sr. Doutor Padre Pires tirou da mala alguns livros que ele costumava fazer com composições de vários alunos, veio ao pé dela e deu-lhe o livro. Ela ficou contentíssima mas como é tímida, ficou muito corada.
Soubemos também que ela pretende continuar a escrever porque adora o que faz.
Eu adorei a visita que a Isabel Augusta nos fez.
Joana Maria Almeida 5ºC
O músico António Saiote veio ao Colégio
No dia 16 de Abril, veio ao Colégio o músico António Saiote, pai de um colega nosso do 6º ano e que toca clarinete (sendo considerado o melhor de Portugal).
Começámos por ouvir o próprio músico que, depois de se apresentar, se colocou à disposição dos alunos para as perguntas que lhe quiseram colocar. Foram muitas e interessantes(aqui esteve o dedo da professora Mariana Franco que ajudou a prepará-las) e mais interessantes foram as respostas. Ficámos a saber das suas andanças, os imensos países que já visitou, as dificuldades dos músicos, o trabalho do dia a dia, os cds que já gravou e mil e uma coisas. Quando soubemos que falava sete idiomas, o professor Raúl lançou-nos o desafio de colocarmos perguntas em inglês. Então é que o debate foi interessante. O músico António Saiote procurou responder com um inglês ao nível dos nossos conhecimentos para que todos pudéssemos compreender.
Como mensagem final, António Saiote falou-nos da música como forma de comunicação entre as pessoas e da música como «espaço» para os jovens se sentirem bem e fugirem das muitas «ratoeiras» do mundo em que vivemos: droga, tabaco, álcool, etc.
Agora só queremos que ele volte ao Colégio para o ouvirmos tocar. Se não for mais cedo , que o seja no nosso «mini-chuva de estrelas» a realizar em Junho.
A verdade é que foi um dia em cheio.
João Fardilha, 5ºB